sexta-feira, 30 de abril de 2010

Só pra te ver, meu bem.

Quarta-feira desta semana fui ao Parque do Ibirapuera, ver a “Exposição 50 anos de música na Oca”, do rei Roberto Carlos.

Depois de uma caminhada do metrô Ana Rosa até lá, e da dificuldade para atravessar a Av. Pedro Álvares Cabral - mais fácil encontrar água no deserto do que uma faixa de pedestres e um farol - eis que chegamos lá.

A exposição é mais um grande show do Rei. Completa e detalhista, ao entrarmos, já nos deparamos com o Calhambeque, marca registrada de Roberto Carlos. Mais à frente vemos as roupas da época da Jovem Guarda, além dos muitos troféus e bonecos feitos por fãs.
Ainda no térreo, pode-se encontrar telas que ao serem tocadas mostram diferentes fases de RC, além da discografia, cronologia iniciada lá nos anos 60 até hoje e um jogo de “teste seus conhecimentos”.

O primeiro andar é para sentar, relaxar e curtir. O som, nalguns momentos, é um tanto baixo, mas, vale assistir aos inesquecíveis duetos com grandes nomes da música, como: Erasmo Carlos, Tom Jobim, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tim Maia, Wanderléa, entre outros. Também tem trechos dos três filmes inspirados no tema “Aventura”, que foram exibidos entre 1968 e 1971, cenas do programa Jovem Guarda, exibido na Record, entre outras atrações que fizeram tão bonita a história do Rei.

No segundo andar, batizado de “Horizonte”, estrelas mudam de lugar. E sob esse cenário escuro, salvo pelo azul, deitamos numa espécie de sofá, onde havia caixas de som embutidas que, baixinha e relaxante, ouvíamos diversas músicas de RC.

Por último, fomos ao subsolo, onde encontramos a fé tão dita e cantada pelo Rei. Há muitas imagens religiosas presenteadas por fãs, e também, outros tipos de presentes, como os clássicos corações de pelúcia, quadros, pinturas...

Também no subsolo, acompanhamos um vídeo que fala da música “Meu pequeno Cachoeiro”. A canção traz a saudade da terra do Rei, no Espírito Santo.

Ah, antes de chegarmos aos presentes, passamos por um caminho de flores. Ou melhor, de rosas.


Outra grande atração é a reprodução de um navio, uma ‘brincadeira’ com o projeto “Emoções em Alto-Mar”, que são os shows do Rei em transatlânticos, iniciados em 2005.
E por aí vão as tantas emoções... Aqui não coloquei nem metade de tudo que pode ser apreciado na Oca. O registro foi breve, marquei com poucas palavras um dia muito especial, e claro, ao som de Roberto Carlos, que deixei tocando enquanto escrevia.

Depois da exposição, tudo, literalmente, acabou em pizza.

Aos amigos, obrigada pelo dia.

*

P.S. Para quem ainda não viu, a exposição fica até 09/05, das 10h às 21h. E não esqueçam a câmera fotográfica, mas, desliguem o flash, os seguranças realmente estão atentos...rs

Fotos: Arquivo pessoal.

3 comentários:

  1. nossa, que barato! vi a postagem com atraso, mas, fato é que uma semana depois as imagens figuram vivas em minha mente. foi um dia muito agradável, um belo passeio. seu relato dá conta da grandeza do universo ali presente, das tantas emoções possíveis. gostei muito. parabéns!

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  2. Obrigada, Nilo. Com atraso ou não, seus comentários são sempre muito valiosos. Obrigada por sempre passar por aqui.

    Também sinto as imagens ainda vivas em minha mente. Foi um dia inesquecível.

    Meu relato não carrega tudo de bom que senti na Oca, é difícil descrever os sentimentos. Mas, quis, enquanto fã, compartilhar um pouco do dia maravilhoso.

    Obrigada mais uma vez.

    Beijos.

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  3. Jéssica,
    Foi muito criativa no texto que descreve a exposição do "Rei" Roberto Carlos, a começar pelo título: Só pra te ver, meu bem. (que considerei bárbaro!). Parabéns! Gostei da forma como descreveu, e em alguns minutos foi poeta de forma delicada, como quando diz sobre o Segundo andar: "estrelas mudam de lugar". Eu, claro, não fui. Perdi mais um evento, mais um acontecimento nessa vida cultural. Roberto merece sim, enfrentou o preconceito da chamada elite intelectual, e inclusive da denominada nata da MPB, e foi severamente acusado de perverter, de corromper a juventude com os seus gestos femininos à época, e suas gírias. E jamais respondeu a uma só crítica, aliás, respondeu sim, da sua maneira, com uma canção, como foi o caso de "Querem Acabar Comigo". Uma personalidade que chegou a inspirar Clarice Lispector. Batalhou muito e por essas e outras bem merece esse apelido carinhoso de "Rei". Valeu, obrigado pelo Post.
    Abraços, um beijo,
    Marciano Vasques

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