terça-feira, 28 de abril de 2009

Carlinhos

Terminei meu último texto citando o pedaço mais gostoso do bolo. Quero escrever neste seguindo a mesma linha: a propagação das boas ideias, o trabalho do publicitário perante uma boa causa.

Já vimos nos meios de comunicação diversas campanhas voltadas à sociedade com o intuito de mudar um estigma que se faz tão presente no dia a dia. Os publicitários dão seus recados, e aqui falarei de uma campanha que foi (e ainda é) tão bela.

Olhemos para um dos grandes problemas que temos, que é a questão do preconceito. Do respeito (a falta de). Há pessoas que insistem em não querer conhecê-los. E como exemplo, reforço a importância da comunicação social nesse aspecto, citando a “propaganda do Carlinhos”, por assim ser conhecida, que na minha opinião trata de ambas as questões: preconceito e respeito. Quantas pessoas não pararam para refletir ao assisti-la?

A campanha com o tema “Down. A pior síndrome é a do preconceito” foi criada gratuitamente pela agência DM9DDB em 1998, e contou com a música “Fake Plastic Trees”, do Radiohead. A música foi doada pela banda. Belo filme. Belo texto. Bela canção.

As palavras que constroem os textos são poderosas. A escritora Clarice Lispector, citada anteriormente, falou em sua última entrevista: “Quando não escrevo, estou morta”.


Vejo nesse tipo de texto publicitário o expressar daquilo que causa um certo incômodo, é um meio de jogar um balde de água fria em várias pessoas de uma só vez.

É isso que adoro na minha profissão! Mas adoro também as outras formas de ser redator.

Felizes sejam os publicitários, jornalistas, escritores, roteiristas, contistas, cronistas, poetas, trovadores, letristas, novelistas, romancistas, biógrafos, dramaturgos, e por aí vai. Escrever é uma delícia!

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A imagem corresponde um frame da propaganda criada pela agência DM9DDB. No detalhe, o personagem Carlinhos. Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

As palavras

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada".
Clarice Lispector

Desde sempre gosto de escrever. As palavras mudam vidas, mudam o mundo. Inspiram.

No ensino médio caí de pára-quedas no curso técnico de Publicidade, descobri meu gosto pela área da comunicação e busquei meu caminho nesta profissão.

Encanta-me tudo que é texto. Seja em um livro, em um jornal, uma revista, uma propaganda, uma letra de música, um conto, uma poesia. Não todos, é claro. Existe muita coisa ruim, a exemplo da publicidade e da propaganda, onde há tanto que não gosto.

A criatividade e o conhecimento são essenciais para o bom texto. Por isso, sempre devemos buscar novos aprendizados, tentar entender um pouco de tudo, ampliar nosso mundo. A graça do ser humano é poder evoluir a cada dia que passa.

Eu acho que sempre estarei escrevendo e criando, independente de onde eu estiver e do que eu esteja fazendo. Escrever é uma das formas mais intensas de expressão, de encontro.


Sobre a minha profissão, não seria hipócrita jamais, o principal objetivo da publicidade é vender. Independente do prazer pessoal do redator. Mas, em alguns casos, não será esse o mesmo objetivo dos compositores, escritores, roteiristas...? Quantos deles são apaixonados por escrever? Quantos deles só pensam na parte financeira? Particularmente, eu acredito que a maioria dos escritores, compositores, cineastas, redatores e afins escrevem pela paixão, por encontrar nas palavras uma saída, cada qual encontra a sua. As palavras são a chave do cadeado, o dinheiro é só consequência, e fazer o quê, não conseguimos viver sem ele, apesar de que há muita gente sobrevivendo sem ele.

A redação publicitária se faz interessantíssima frente a uma ideia ou serviço para um bem social. Esta é uma parte que muito me agrada na profissão. Num mundo tão grande com pessoas, às vezes, tão pequenas, se faz necessário algo maior. E a comunicação tem esse alcance.

Há coisas que precisam ser ditas. Como nem sempre são, acredito no papel muito importante que descobri ter a comunicação social, e nela fiz escola.

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